Débora Rodrigues
Nesse mundo globalizado de hoje, é cada vez mais escasso o tempo de convivência entre pais e filhos, sem que os eletrônicos interfiram.
Ultimamente é quase impossível um jantar em família sem que o pai esteja preocupado com a pauta da reunião do dia seguinte, ou a mãe falando ao telefone para agendar um compromisso e as crianças se distraindo com seus eletrônicos como Ipods, Psps, laptops e derivados.
Pesquisas recentes feitas em um Colégio renomado da grande São Paulo, Sidarta, apontam que, independentemente da idade, as pessoas olham para seu computador e ao acesso a internet como um meio válido para dinamizar as experiências familiares, desde que haja colaboração das partes.
Quando se fala em tecnologia, muitos já pensam no último lançamento de computador ou em um Software mais abrangente e etc. Mas se pararmos para analisar, o rádio, com toda a sua “estrada” é um tipo de tecnologia levando em consideração que é um meio de comunicação antigo (e muitas vezes tido como ultrapassado), porém o mais utilizado e acessível até hoje.
Perguntando para músicos de todas as idades, a resposta é unânime: O rádio ainda é uma ótima ferramenta, (quisá a mais importante) para que uma banda realmente faça seu sucesso.
Indo por essa linha de raciocínio, quando foi perguntado para duas pessoas de idades diferentes, Fernanda,15, e Júnior, 24, ambas ligadas ao mundo da música e internautas fiéis, sobre apesar dos muitos recursos e facilidades que a tecnologia traz o maior sonho de toda banda ainda é gravar um disco.
Durante a entrevista, foi perguntado para todos os participantes sobre a facilidade que se tem para adquirir músicas hoje, seja através de downloads na internet, pelo play list de um amigo ou por uma rádio online, e foi nesse momento que divergências começaram a surgir, uma vez que os mais jovens são totalmente adeptos a esse novo jeito de “comprar” músicas em contraposição aos mais velhos que sabem diferenciar a hora certa de comprar um CD de uma banda de que se é fã e quando baixar um novo “hit” da internet.
É exatamente nesse ponto que a luz para a questão do início começa a surgir, pois ao mesmo tempo em que pessoas mais velhas ainda prefiram o modo tradicional de comprar música eles também estão “antenados” nas sensações do momento. Por sua vez, os mais jovens, acabam despertando interesse por músicas mais clássicas e consagradas após escutá-las em seu videogame (no caso de Guitar Hero e Rock Band)e usam a internet para conhecer mais sobre essas bandas.
Analisando o depoimento de um professor dessa escola, filho de um cantor famoso da década de 60 Odair José Jr. declara que “há um ponto de encontro entre o novo e o clássico” já que desde pequeno influenciado pelo gosto musical do pai (de Beatles a Rolling Stones) ele divulga o trabalho da sua banda pela internet onde mantêm seus fãs atualizados e disponibilizar suas novas composições através de uma famosa rede de relacionamento, o Myspace.
É claro que “o digital chama atenção” mas assim como muitos afirmam, “nada é substituído pois ferramentas novas são criadas para acrescentar e otimizar o que já existia”, e quando se há discernimento em relação às escolhas, todos os meios acabam sendo válidos.
Como é sempre bom falar de música, ela por si própria acaba aproximando as gerações mas quando se tem um ferramenta tão rica como a tecnologia para facilitar, ela acaba se tornando uma aliada.
A grande questão é saber usá-la não só como a “única fonte de pesquisa” e desenvolver um olhar crítico para escolher os bons frutos de tudo o que nos é bombardeado ao abrirmos nossa caixa de E-mail.
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